Parque do Rio Branco custará, ao todo, R$ 134 milhões

Boa Vista vai ganhar em breve um novo ponto turístico: o Parque do Rio Branco. Ao todo, a obra custará aos cofres públicos R$ 134,4 milhões, sendo R$ 30 milhões de recursos próprios da Prefeitura de Boa Vista e o restante do Governo Federal.

Mandato da prefeita Teresa Surita acaba em dezembro de 2020 (Foto: Vanessa Vieira/Correio do Lavrado)

Nesta sexta-feira, 26, foi assinada a ordem de serviço para a terceira e última intervenção da obra. Prevista para ser concluída em 24 meses, o Parque do Rio Branco deve ser inaugurado em dezembro de 2020, quando o mandato da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, termina.

“A previsão oficial é de 24 meses, mas vamos trabalhar juntos para tentar concluir no final de 2020. As obras começam agora e o período chuvoso é delicado para a construção civil, porém vamos acelerar o que for possível”, disse o secretário-adjunto municipal de Obras, Antônio Carlos Carvalho.

 

Retirada das famílias

A primeira intervenção para o início da construção do Parque do Rio Branco foi a retirada das famílias e desocupação das residências na área de interesse social Caetano Filho (Beiral) e no bairro Calungá.

“Agora todas as famílias estão em uma situação melhor do que estavam antes. Tiramos pessoas de áreas de preservação ambiental, de invasão ou que tinham o seu título definitivo. Cada caso foi negociado e indenizado. Foi um trabalho demorado, que levou mais de um ano”, disse Teresa Surita.

Trezentas e quarenta e duas casas foram desocupadas, resultando em R$ 30 milhões em indenizações, pagos com recursos próprios da Prefeitura de Boa Vista. Segundo a prefeita, faltam três casas a serem desocupadas, mas a negociação está quase finalizada.

 

Drenagem e canalização

Após as desocupações e demolições, a área deu lugar às obras de drenagem e terraplanagem para elevação da avenida Sebastião Diniz e de canalização do igarapé Caxangá. “Primeiro precisávamos trabalhar na canalização, aterrar e elevar o greide para receber a urbanização por causa do alagamento. Essa etapa está 80% concluída e termina em setembro”, disse Teresa. Na segunda etapa, são investidos R$ 49 milhões, com recursos federais.

O secretário-adjunto de Obras explicou que o Parque do Rio Branco foi projetado já pensando nos períodos chuvosos. “Nesses períodos, algumas áreas não serão utilizadas. Mas uma parte não vai alagar de maneira alguma, como o mirante. Porém, o bosque e uma parte do estacionamento vai ser feita em um material que resista a enchentes, como as de 2011 e 2017”.

 

Urbanização

É na terceira etapa que o Parque do Rio Branco começa a ganhar vida. Serão feitas a urbanização e a construção de um mirante, de um bosque, de prédios, como banheiros e guarita para a Guarda Municipal, além de estacionamento. Serão gastos ao todo R$ 55,4 milhões, com verbas do Ministério do Turismo.

O Parque do Rio Branco terá uma plataforma de ligação com a Orla Taumanan, integrando os dois espaços de convívio e será, nas palavras do secretário-adjunto de Obras, o segundo parque linear de Boa Vista. O primeiro é o Mirandinha.

Já o mirante terá 100 metros de altura, ou seja, o tamanho de um prédio de quase 30 andares, com elevadores panorâmicos. “Não terá na região Norte um [mirante] maior que esse. Vamos poder usufruir dessa beleza com os elevadores”, comentou Teresa.

Para a prefeita, o Parque do Rio Branco será o novo ponto turístico de Boa Vista, reativando o Centro da cidade. “Hoje temos dificuldade de acesso, de estacionamento. As pessoas deixam de vir ao Centro e vão a outros centros comerciais. A partir do instante que você faz uma obra dessa, reativa o Centro, inclusive explorando a parte turística”.

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