Interiorização de venezuelanos caiu pela metade durante pandemia

Desde 2018, mais de 45 mil venezuelanos foram interiorizados de Roraima para mais de 600 municípios de 25 estados brasileiros e o Distrito Federal. Porém, por conta dos protocolos de prevenção ao novo coronavírus, o número de interiorizações a partir de abril de 2020 caiu pela metade.

Em 2019, o número de pessoas interiorizadas saiu de 469 em janeiro e chegou a 3.069 em outubro. Após quedas em novembro e dezembro, a realocação de venezuelanos atingiu 3.010 pessoas em janeiro e 3.110 em fevereiro de 2020. Em março, já com a pandemia em curso, o número caiu para 2.199 e reduziu para mais da metade no mês seguinte, com 1.004 beneficiados. Os aumentos foram pequenos ao longo do restante do ano, com um pico em outubro, com 1.500 interiorizações.

Interiorização por mês e ano (Fonte: Plataforma R4V)

São Paulo é o Estado que mais recebeu venezuelanos a partir da estratégia de interiorização, seguido de Paraná e Rio Grande do Sul. Dentre as modalidades de interiorização, a reunião social é opção de 40%, seguida pela modalidade abrigo/abrigo (24%), reunificação familiar (17%) e vaga de emprego sinalizada (6%).

Das 45 mil pessoas interiorizadas, mais de 46% estão em idade laboral. Porém, 6% declararam não ter trabalho ou são estudantes. Em relação à educação, 55% dos adultos têm ensino médio completo e quase dois mil dos venezuelanos interiorizados têm ensino superior completo.

Sobre as necessidades específicas de proteção dos refugiados e migrantes interiorizados, oito mil venezuelanos declararam ter pelo menos uma, como criança fora da escola, pai/mãe solteiro, gravidez, mulher em risco, algum tipo de deficiência, entre outros.

Todos os dados estão disponíveis na Plataforma R4V – Resposta a Venezuelanos, painel interativo lançado pelo Ministério da Cidadania, que coordena o Subcomitê Federal para Interiorização, pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur) e pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

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