Programa MiSordo, da UFRR, auxilia migrantes e refugiados surdos no acesso a direitos

Criado com a missão de promover a inclusão social e a cidadania das pessoas migrantes e refugiadas surdas, o programa de extensão Migrante Surdo (MiSordo), da Universidade Federal de Roraima, comemorou um ano de criação.

Nesse período, realizou cerca de cinco mil atendimentos, como encaminhamento a postos de trabalho, tradução de informações para línguas de sinais, interpretação de casos jurídicos, políticas de inserção laboral, orientação e parecer em casos de justiça, formação de intérpretes comunitários e professores, dentre outros.

Pioneiro no trato com surdos em situação de migração e refúgio, o programa busca estabelecer uma rede de cooperação solidária, acadêmica e interinstitucional de apoio, além de garantir direitos a esse público, através da valorização das línguas de sinais – a brasileira e a venezuelana – e da cultura surda.

A partir do MiSordo, estão surgindo estratégias para uma consolidação das teorias e práticas que envolvem os processos dentro do campo dos Estudos da Tradução e da Interpretação de Língua de Sinais, em especial a Tradução Humanitária, estudos sobre migração e refúgio de surdos, línguas de sinais de fronteira, de migração e a Libras como língua de acolhimento.

Vinculado ao programa, existem outros projetos com ações específicas, como o “Formação para o trabalho com migrantes e refugiados Surdos no Brasil”, que oferece cursos de língua de sinais brasileira e venezuelana para as instituições e organizações humanitárias. O projeto “Acessando Direitos: assessoria jurídica para migrantes surdos” atua em ações voltadas para o acesso dos surdos aos serviços essenciais e de orientação nas áreas jurídica, de saúde e educação. Há ainda o projeto “Rede de colaboradores: acessibilidade à comunidade surda migrante”, que oferece serviços de tradução e interpretação às pessoas migrantes e refugiadas surdas.

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