30% dos casos de malária em áreas indígenas são registrados no DSEI Yanomami

Hospital de Campanha Yanomami

De janeiro de 2003 a abril de 2023, foram registrados 146.078 casos de malária pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, que atua em mais de 350 comunidades em três municípios do Amazonas e cinco de Roraima. O número representa 30% do total de casos registrados da doença em todas as áreas indígenas do País.

No DSEI Leste, responsável pela saúde básica de indígenas em cerca de 320 comunidades, distribuídas em 12 municípios roraimenses, os números são quatro vezes menores. Foram 33.821 casos em duas décadas, representando 6,9% do total de casos.

Os dados são do Ministério da Saúde, que – a pedido da Fiquem Sabendo, agência especializada em Lei de Acesso à Informação (LAI) – disponibilizou acesso ao painel que mapeia casos de malária nos DSEIs.

Infecção parasitária que afeta os glóbulos vermelhos do sangue, a malária é uma doença evitável, detectável e tratável, que se apresenta mais comumente em regiões pobres. Ela começa como a gripe, com os primeiros sintomas surgindo entre nove e 14 dias após a infecção e que incluem febre, dor nas articulações, dores de cabeça, vômitos frequentes, convulsões e coma. Se não for tratada, a malária pode se tornar grave e, sem tratamento, pode levar à morte, em um período de 24 horas.

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