Brasil acolhe mais de 9 mil indígenas refugiados e migrantes; maioria é da etnia warao

Dados coletados pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome indicam que a população indígena refugiada e migrante no Brasil é formada por 9.474 pessoas de 3.402 grupos familiares.

Em termos numéricos, a etnia mais expressiva é a warao (67%), seguida dos pémon (28%), e’ñepá (2%), kariña (2%) e wayúu (1%), todas oriundas da Venezuela. De acordo com os dados do Painel de Perfil Populacional Indígena do ACNUR, cerca de 37% da população indígena refugiada e migrante no Brasil tem necessidades específicas de proteção, e 47% são crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos.

Da população total de indígenas venezuelanos, 3.814 estão incluídos no CadÚnico do governo federal, que permite identificar e dar visibilidade às famílias em situação de vulnerabilidade social. Há famílias em todas as regiões do país, sendo que a maioria reside no Norte e Nordeste.

No Brasil, o ACNUR atua na proteção da população indígena refugiada e migrante e tem oferecido uma resposta adaptada às particularidades étnicas e culturais desta população. Entre os serviços ofertados, estão abrigos adaptados às necessidades culturais, como cozinhas comunitárias, espaços para promoção cultural, entrega de kits de higiene e de limpeza, mobilização com autoridades locais para capacitar equipes de atendimento, apoio no acesso à documentação, no desenvolvimento de artesanato a nível nacional, além de produção de materiais multilíngues com enfoque intercultural no atendimento das comunidades.

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