OMS declara fim da emergência em saúde por covid-19; Em 3 anos, Roraima registrou mais de 2 mil mortes pela doença

Após três anos, a Organização Mundial da Saúde declarou que a covid-19 não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional. De acordo com a entidade, o vírus é classificado agora como “problema de saúde estabelecido e contínuo”.

Desde março de 2020, o Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da OMS se reunia periodicamente para analisar o cenário global provocado pela doença. Durante a última sessão deliberativa, membros do comitê destacaram a tendência decrescente de mortes por covid-19, o declínio nas hospitalizações e nas internações em unidades de terapia intensiva (UTI) causadas pelo vírus e os altos níveis de imunidade da população. 

“Com grande esperança, declaro o fim da covid-19 como emergência sanitária global”, anunciou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Entretanto, isso não significa que a covid-19 chegou ao fim enquanto ameaça global de saúde. Na semana passada, a covid-19 clamava uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes das quais nós temos conhecimento”, completou o diretor-geral.

Dados da entidade indicam que 765,2 milhões de casos de covid-19 foram confirmados no planeta até o momento, além de quase 7 milhões de mortes registradas. No Brasil, a covid-19 provocou mais de 700 mil óbitos e 37,4 milhões de casos. Em Roraima, segundo dados da Secretaria estadual de Saúde, foram 184 mil casos e 2.194 mortes em decorrência da doença.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o anúncio feito pela OMS comprova que a vacinação salva vidas e foi a responsável pela redução de mortes em todo mundo, permitindo chegar ao cenário epidemiológico atual. “No entanto, o fim da declaração de emergência não significa o fim da circulação da Covid-19. Por isso, a vacinação segue como ação fundamental. Precisamos da mobilização de todos para ampliar a cobertura vacinal e combater a desinformação que questiona a segurança e a eficácia dos imunizantes”, defendeu.

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