Em cinco anos, mais de 102 mil migrantes e refugiados venezuelanos foram interiorizados

De abril de 2018 a abril de 2023, 102.476 migrantes e refugiados venezuelanos foram interiorizados. Os dados são do Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização de Imigrantes em Situação de Vulnerabilidade, divulgados pela Agência da ONU para as Migrações (OIM).

Em cinco anos, desde o início da estratégia desenvolvida pela Operação Acolhida, Santa Catarina foi o Estado que mais recebeu venezuelanos: 21.286 pessoas, seguido por Paraná (18.401) e Rio Grande do Sul (15.778).

No primeiro ano de interiorização, 4.972 pessoas se deslocaram de Roraima para outros Estados, com apoio do Governo Federal em parceria com agências da ONU. No ano seguinte, o número de pessoas interiorizadas quadruplicou, beneficiando 22.228 migrantes e refugiados. Mesmo durante a pandemia, o número de interiorizações se manteve alto: 19.389 em 2020; 19.668 em 2021; e 25.695 em 2022. Desde janeiro deste ano, já foram interiorizadas 10.524 pessoas.

A grande maioria dos beneficiados, 89%, viaja em grupos familiares, e 11% viaja sozinho. Crianças e adolescentes correspondem a 39% dos interiorizados nesses cinco anos.

 

Modalidades de interiorização

Dados da OIM indicam que quase metade (45%) das interiorizações realizadas em abril de 2023 foram para reunião social, ou seja, migrantes que desejam reunir-se com indivíduos com quem possuam vínculo de amizade, ou afetividade, ou familiares cujo vínculo não possa ser comprovado por meio de documentação.

Dentre as demais modalidades de interiorização, a vaga de emprego sinalizada foi a opção de 36% dos beneficiários; a reunificação familiar foi a escolha de 14%; e a interiorização institucional (saída de abrigos em Roraima para abrigo em outra cidade) é a alternativa de 5% dos migrantes ou refugiados.

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