Em seis anos, Busca Ativa Escolar levou mais de 2,3 mil crianças e adolescentes de volta à escola em Roraima

De 2018 a 2023, 2.373 crianças e adolescentes que estavam fora da escola ou em risco de abandono foram encontrados pela Busca Ativa Escolar (BAE) e voltaram às salas de aula em Roraima. Em todo o Brasil, foram mais de 193 mil meninas e meninos de volta à escola. A estratégia é desenvolvida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) com apoio de parceiros.

O acesso à escola é o primeiro passo para a garantia do direito constitucional à Educação a cada menina e menino, e também para a efetivação de outros direitos. O Brasil vinha avançando nos últimos anos, mas ainda não havia conseguido universalizar esse acesso, em especial para as crianças de quatro e cinco anos e adolescentes de 15 a 17 anos.

Com a pandemia, a situação se agravou e as desigualdades educacionais se ampliaram, afetando sobretudo meninas e meninos já socialmente mais vulneráveis, como pretos e pardos, moradores de comunidades tradicionais, além de crianças e adolescentes com deficiência e aqueles que vivem na pobreza, nos grandes centros urbanos.

Em Roraima, famílias refugiadas e migrantes são auxiliadas a ingressar no ensino formal brasileiro. No início do ano, o mutirão resultou em mais de 1.200 crianças e adolescentes da Venezuela apoiados com o processo de matrícula para as escolas municipais e estaduais em Boa Vista. O mutirão integra a campanha “Fora da Escola Não Pode”, promovida nos abrigos humanitários e em ocupações espontâneas para refugiados e migrantes.

“Realizar a Busca Ativa Escolar é urgente, indo atrás de cada criança e adolescente que está fora da escola. Trata-se de uma estratégia nacional, experimentada e validada, que há seis anos tem efetivamente contribuído para a inclusão escolar e para a queda das taxas de abandono escolar, fomentando o trabalho intersetorial e fortalecendo a rede de proteção assegurada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, destacou a chefe de Educação do UNICEF no Brasil, Mônica Dias Pinto.

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