Estudantes que concluíram o ensino fundamental na escola SESI no ano passado vão poder continuar na instituição, agora no ensino médio. Com a aprovação da reforma, em 2017, a escola da indústria em Roraima decidiu que era o momento de oferecer novos horizontes para os alunos do primeiro ano do ensino médio, já adaptado às novas regras.
Nessa primeira etapa, os alunos vão aprender sobre o mundo do trabalho e conhecer as profissões. Eles vão passar por orientação profissional e tentar entender qual carreira seguirão no futuro.
A diretora da escola SESI em Roraima, Gardênia Cavalcante, explica que essa é uma forma de revolucionar o modelo educacional, incluindo o ensino profissional. “O aluno, quando vai para o ensino médio, já está visando a área de conhecimento que ele tem mais afinidade para ingressar nas universidades. Esse é o foco do SESI: trazer isso de uma forma mais leve e com consistência. Pautada dentro de uma grade curricular onde são reconhecidas as habilidades e competências de cada aluno”, comentou.
A mudança na legislação tem o objetivo de garantir que os conteúdos básicos sejam ensinados a todos alunos, mas que eles também possam aprender mais sobre determinada área do conhecimento, que pode ser linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências humanas e sociais aplicadas e ciências da natureza.
O diretor-geral do SENAI e integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), Rafael Lucchesi, defende que essa reforma no Ensino Médio era necessária para modernizar o ensino dos alunos e melhorar a qualidade dos trabalhadores da indústria.
“É claro que temos um grave problema na indústria brasileira que a baixa qualidade, a baixa escolarização da média populacional brasileira, o que faz com que a produtividade do trabalho no Brasil seja muito baixa”.
As escolas brasileiras públicas e privadas têm até 2020 para se adaptar ao novo ritmo do Ensino Médio. De acordo com o Ministério da Educação, o objetivo é garantir um serviço de qualidade a todos os jovens brasileiros e aproximar o ensino à realidade dos estudantes.