O senador Telmário Mota (Pros), presidente da Subcomissão Temporária sobre a Venezuela, anunciou que o colegiado se reunirá com o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza. A previsão é de que o encontro ocorra na próxima semana, com possibilidade de contar até mesmo com a presença do presidente Nicolás Maduro.
Na avaliação do parlamentar, a confirmação do encontro pode ser entendida como uma tentativa inicial de se restabelecer relações comerciais, sociais e culturais entre a Venezuela e o Brasil. E, mais especificamente, com o estado de Roraima.
Telmário espera que esse primeiro contato traga resultados concretos, como um avanço para a solução do fornecimento de energia elétrica para Roraima. “O sentimento das autoridades venezuelanas é de manter essa paz, manter essa relação com o Brasil, mas que esse encontro traga realmente o resultado esperado, da abertura da fronteira e, consequentemente, do fornecimento da energia para o estado de Roraima. Porque 80% da energia do estado de Roraima vem da Venezuela”, disse.
Deputados federais em Roraima
Na Casa Legislativa ao lado, foi realizada a primeira reunião da comissão externa da Câmara dos Deputados sobre a crise na Venezuela, quando foi definido o plano de trabalho a ser seguido pelos parlamentares. Entre outros itens, o roteiro prevê visita a Boa Vista e Pacaraima com o objetivo de verificar o impacto do fluxo migratório de venezuelanos nos serviços públicos oferecidos à população.
O coordenador da comissão, deputado Nicoletti (PSL), reforçou os impactos da crise migratória sobre a população roraimense. “Parlamentares de outros estados poderão ver in loco a realidade de Roraima. A população sofre muito com essa crise migratória, que vem acontecendo desde 2015, e os impactos sociais são muitos. Na educação, na segurança e na saúde”, citou.
Nicoletti disse que o próximo passo será contatar órgãos estaduais, municipais e federais presentes em Roraima e coletar dados para “fazer um relatório minucioso do que realmente está afetando a população”. “E, posteriormente, poder deliberar por ações do Parlamento, principalmente na questão de recursos e, junto aos ministérios, buscar soluções para cada área atingida”, declarou.