Comum entre as mulheres, o câncer de mama também acomete os homens, representando 1% do total de casos da doença. O autoexame é indicado para ambos, pois pode identificar precocemente o nódulo e aumenta as chances de cura.
De acordo com o coordenador da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima (Unacon), Anderson Dalla Benetta, o câncer de mama em homens é muito mais agressivo do que nas mulheres. “Tudo que é no homem é mais difícil porque, em geral, a mulher se cuida mais, se preocupa mais. Nos homens, é mais comum uma evolução mais desfavorável da doença tanto pela demora no diagnóstico, quanto por questões genéticas e associadas a hábitos de vida”.
Benetta frisou que, como o câncer de mama afeta muitas mulheres, existe uma política pública de rastreamento, a mamografia. Como no homem, a doença é incomum, não existe essa política de rastreamento, ficando a cargo do paciente o autoexame.
Neles, é mais fácil identificar um nódulo. Isso porque a quantidade de tecido no homem é menor do que na mulher. “O ideal é que, pelo menos uma vez ao mês, o homem adulto toque a região mamária para observar algum nódulo, alguma alteração, se há sangramento no mamilo”. São os mesmos cuidados que a mulher tem.
Caso ele identifique alguma anormalidade, deve procurar uma unidade básica de saúde. O médico fará a avaliação inicial e encaminhará para um mastologista, que fará um ultrassom e indicará a necessidade de biopsia. Com o diagnóstico seja confirmado, o paciente é encaminhado à Unacon.
O tratamento do câncer de mama é semelhante para homens e mulheres: cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Neste último, o paciente é encaminhado para Tratamento Fora de Domicílio (TFD), pois Roraima ainda não disponibiliza radioterapia. “O protocolo de tratamento vai depender da forma do câncer, qual o tamanho, qual a extensão”, explicou Benetta.
Nas mulheres
Para elas, a recomendação é a de sempre: mulheres adultas devem fazer o autoexame uma vez por mês, examinando a região mamária, identificando alteração na pele ou secreção anormal no mamilo. Acima dos 40 anos, deve fazer a mamografia anualmente. “Não previne, mas detecta a doença precocemente. Quando o câncer é descoberto ainda pequeno, a chance de cura é de quase 100%”, concluiu.