Depois de anunciar o fechamento parcial da fronteira do Brasil com a Venezuela por Roraima diante do avanço do novo coronavírus, o governo federal disse nesta quarta-feira (18) que pode restringir mais acessos em pontos de fronteiras com outras nações vizinhas.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou em declaração à imprensa ao lado do presidente Jair Bolsonaro que o governo avalia a possibilidade do fechamento temporário exclusivamente por medidas sanitárias, assim como aconteceu no caso da Venezuela. Até agora, a única restrição foi feita na fronteira com esse país.
“Venezuela é mais importante porque lá o pessoal está fugindo da fome, da miséria e também de uma ditadura instalada. E a gente tem pena, mas não podemos arriscar”, disse Bolsonaro. “Estamos ultimando, para a gente pegar os demais outros países, vamos fazer o possível para conter a entrada de pessoas”, completou.
No entanto, nenhuma fronteira foi citada especificamente na declaração. Ainda em Roraima, líderes políticos cobram o fechamento ou maior controle da fronteira da Guiana, país que já registrou uma morte causada pelo COVID-19.
Sem confirmações
Até a quarta-feira, nenhum paciente foi diagnosticado com COVID-19 em Roraima. Nove casos suspeitos foram descartados após os exames testarem negativo. O estado registrou cinco novas suspeitas, que atendem aos critérios de definição para a doença.
Os resultados dos primeiros exames demoraram a ficar prontos porque as amostras coletadas foram encaminhadas para análise no Instituto Evandro Chagas, em Belém. A partir de agora, os exames serão feitos pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-RR), em Boa Vista, e o resultado poderá ser emitido em até 72 horas.
Foram encaminhados dez kits de exames ao Estado, quantidade suficiente para realização de 200 a 220 exames.
“Isso vai ajudar a diminuir o tempo de resposta, já que não será mais necessário encaminhar as nossas amostras para análise fora do Estado”, destacou a diretora técnica do Lacen, Cátia Meneses.