Roraima registrou mais duas mortes em decorrência do novo coronavírus nesta quinta (9). Agora o estado acumula um total de três vítimas da doença. O primeiro óbito ocorreu no dia 3.
Em relação às mortes mais recentes, não há detalhes como a idade e o sexo de um dos pacientes.
Mas um dos óbitos foi divulgado pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Trata-se de um adolescente indígena da etnia Yanomami, de 15 anos, que deu entrada na UTI do Hospital Geral de Roraima (HGR) na quarta (3), onde estava internada a outra vítima. Os horários das mortes não foram divulgados.
A causa mortis do jovem indígena em questão ainda não foi confirmada oficialmente pelo governo, mas deve ser registrada no próximo boletim epidemiológico do órgão.
Com 63 casos confirmados e 3 óbitos, a taxa de letalidade do coronavírus em Roraima atualmente é de 4,7%.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), são 11 novos casos de infectados pelo novo coronavírus em apenas um dia. Há 173 resultados negativos e 29 casos suspeitos ainda aguardam resposta.
Histórico
O estudante é a terceira vítima indígena da doença em todo o país, de acordo com os registros oficiais do Ministério da Saúde. Outros dois, uma idosa da etnia Borari de Alter do Chão (PA) e um homem do povo Mura, em Manaus (AM), já haviam morrido em decorrência da enfermidade. Ambos moravam em zonas urbanas.
Nascido na aldeia Rehebe, às margens do rio Uraricoera, o estudante havia chegado ao HGR com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A princípio, ele recebeu falso positivo na testagem para a doença, mas depois teve o diagnóstico confirmado ao ser submetido novamente ao teste.
No caso do roraimense, a preocupação das autoridades é de que haja infecção na comunidade Rehebe, onde o jovem morava, já que ele esteve na região quando apresentou sintomas.
Ele tinha sido internado a primeira vez no dia 17 de março em Alto Alegre, com suspeita de meningite. No dia seguinte foi transferido para Boa Vista encaminhado para o HGR e posteriormente voltou para a aldeia natal até o dia 26 de março, quando a saúde piorou e foi internado novamente na unidade em Boa Vista, com sintomas de doença respiratória.
Por isso, o Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) Yanomami afirma que está identificando e isolando as pessoas na comunidade da vítima que tenham sintomas de coronavírus, e diz que, até sexta (10), 20 testes rápidos vão chegar no local. Também serão criados espaços para isolamento e barreira sanitária de acesso.
