Dos 280 casos confirmados de covid-19 em Roraima, 132 são profissionais de saúde ou militares que atuam na Operação Acolhida, o que corresponde a quase metade dos pacientes que testaram positivo para a doença no Estado.
Setenta e nove militares da Acolhida, que trabalham tanto na base militar de Boa Vista quanto de Pacaraima, contraíram a doença. Segundo a assessoria de comunicação da Força-Tarefa Logística Humanitária, não há como definir o local e a forma de contágio dessas pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus. Um dos pacientes é o coordenador da operação, general Antônio Manoel de Barros.
Entre os migrantes venezuelanos, três crianças testaram positivo para a covid-19: de seis meses, de um ano e de 12 anos. “Todos os infectados que estão no contexto da Operação Acolhida – tanto militares quanto os migrantes atendidos, assim como pessoas que tiveram contato com eles – estão isolados e com quadros de saúde estáveis, com todas as medidas médicas e sanitárias necessárias e previstas no Plano Emergencial de Contingenciamento para a Covid-19. Os migrantes confirmados e suspeitos ficam em áreas isoladas”, informou.
Onze militares que contraíram a doença já estão recuperados e podem retomar suas atividades após 14 dias dos primeiros sintomas ou resultado do teste e inspeção de saúde e total segurança, mantendo o monitoramento do quadro pela equipe de saúde.
Profissionais de saúde
Cinquenta e três pacientes com covid-19 em Roraima afirmaram ser profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros, técnicos de Enfermagem, psicólogos, entre outros. Segundo a Sala de Situação que monitora a doença no Estado, muitos desses pacientes relataram contato próximo com outros casos confirmados, sem especificar se o contágio foi dentro ou fora do ambiente de trabalho.
Destes, seis pessoas já são consideradas recuperadas da doença. “Assim como os demais casos confirmados para a covid-19, todos os pacientes são monitorados pelos municípios em que residem e, se houver necessidade de assistência hospitalar, ficam internados no Hospital Geral de Roraima”, informou.
Os pacientes que evoluem para recuperação da doença precisam realizar 14 dias de isolamento após início de sinais e sintomas e, cumprindo este período, passam por avaliação médica sendo ainda monitorados por mais 72 horas. Se não apresentarem mais nenhum sinal ou sintoma da doença, podem retornar para as suas atividades laborais.