Marcadas para acontecer nos dias 15 e 29 de novembro (primeiro e segundo turnos respectivamente), as Eleições Municipais 2020 serão realizadas com a pandemia ainda em curso. Esse cenário inédito na história política do Brasil está mobilizando as atenções das autoridades eleitorais e de saúde para que tudo ocorra sem prejuízos. Afinal, normalidade não é uma palavra adequada ao vocabulário deste ano. Entre as ações que visam a garantia da idoneidade desse rito democrático, está o combate à desinformação.
Neste momento, entra em cena o jornalismo e sua capacidade de avaliar fatos e informações suspeitas de serem falsas, exageradas, imprecisas e enganosas por meio das checagens. O trabalho de fact-checking durante a disputa eleitoral já foi adotado por profissionais e instituições jornalísticas em 2016 e 2018, e promete ser uma ferramenta importante para as Eleições 2020.
Pensando nisso, a jornalista Thays Lavor, que coordenou no Ceará em 2018, o projeto de checagem Truco nos Estados, da Agência Pública, e já atuou realizando checagens para as Agências Lupa e Aos Fatos, ministrará uma oficina sobre o uso de bancos de dados para ações de fact-checking.
A oficina intitulada “Com que base eu vou: Datasets para fact-checking e cobertura eleitoral” será realizada no dia 19 de setembro, das 9 às 13 horas, pela plataforma de videochamadas Google Meet. O objetivo da ação é capacitar jornalistas, estudantes de jornalismo ou outros profissionais interessados em realizar trabalho de fact-checking durante a cobertura eleitoral.
Na oficina, a jornalista irá orientar os participantes a realizarem investigações em bases de dados públicas voltadas para orçamento público, saúde e educação em busca de informações que lhes auxiliem a verificar a veracidade de boatos ou a acurácia de discursos dos candidatos.
“A checagem é uma ferramenta imprescindível para a transparência, sendo uma aliada no combate às desinformações, as quais tendem a circular com muita intensidade no período eleitoral dados os interesses políticos em jogo”, explica Thays. A jornalista assegura também que a oficina ajudará o público em geral a conhecer ferramentas de transparência pública relevantes para o controle social.
As inscrições para a oficina “Com que base eu vou: Datasets para fact-checking e cobertura eleitoral” podem ser realizadas pela internet. O investimento para a participação na oficina custa R$ 120 e grupos de cinco pessoas têm 10% de desconto. Para fazer jus à promoção, basta entrar em contato por e-mail, informando os nomes dos participantes.
“Temos também um bolsa LGBTQI+ free e uma bolsa raça/cor free para contemplar representantes de uma parcela populacional sub-representada nas organizações jornalísticas e que, de posse desse conhecimento, pode atuar de forma independente”, reforça. A seleção para as bolsas gratuitas será divulgada pela jornalista em seus perfis nas plataformas de redes sociais. Basta seguir @thayslavor no Instagram, Facebook, Linkedin e Twitter.