De 7 a 9 de abril, o Ministério da Infraestrutura promove uma série de leilões, chamada de Infra Week, em que serão concedidos à iniciativa privada 28 ativos de infraestrutura, entre aeroportos, terminais portuários e uma ferrovia. Um dos aeroportos leiloados será o de Boa Vista, o que era estudado desde 2019.
Os leilões dos aeroportos serão divididos em três blocos: Norte I, Central e Sul. O Bloco Norte I é formado por Manaus, Tabatinga e Tefé (AM), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), e Rio Branco e Cruzeiro do Sul (AC). Compõem o Bloco Central: Goiânia (GO), Palmas (TO), São Luís e Imperatriz (MA), Teresina (PI) e Petrolina (PE). E nove aeroportos formam o Bloco Sul: Curitiba, Bacacheri, Foz do Iguaçu e Londrina (PR), Navegantes e Joinville (SC), e Pelotas, Uruguaiana e Bagé (RS).
O investimento total nos três blocos supera os R$ 6 bilhões, sendo R$ 2,8 bi no Bloco Sul, R$ 1,8 bi no Bloco Central, e R$ 1,4 bi no Bloco Norte. Os contratos que serão firmados terão duração de 30 anos e não haverá participação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
#InfraWeek Dos 22 aeroportos que serão concedidos em 7 de abril, dia do maior leilão aeroportuário do Brasil, sete fazem parte do Bloco Norte I. O investimento estimado para os 30 anos de concessão é de R$ 1,4 bilhão e que devem gerar mais de 24 mil empregos. pic.twitter.com/7t6znoh4Qm
— Aviação do Brasil (@aviacaodobrasil) March 31, 2021
Essa rodada marca a chegada das concessões aos aeroportos usados para aviação regional, saindo dos grandes aeroportos. “Há uma mudança de perfil de player. Deixamos de fazer aqueles leilões de grandes aeroportos e voltamos o olhar para os aeroportos regionais”, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.
“A segunda questão que deve mudar o perfil do player é a própria crise provocada pela pandemia. Observe que a crise afeta o segmento de aviação de uma forma frontal. Isso traz uma deficiência de caixa para os operadores. Não só aqueles que estão no Brasil, mas também que vêm do exterior. A crise pegou todo mundo. É a pior crise da Aviação Civil da história”, completou.
Todos os aeroportos concedidos deverão realizar os investimentos necessários na infraestrutura atual para a prestação do serviço adequado aos usuários. Além de investimentos específicos definidos conforme as características de cada aeroporto, as novas concessões terão que adequar sua capacidade de processamento de passageiros, bagagens e estacionamento de veículos; observar especificações mínimas da infraestrutura aeroportuária e indicadores de qualidade de serviço.
Ferrovia e Portos
Além dos aeroportos, serão leiloados o primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1), na Bahia, e cinco terminais portuários, sendo quatro no Porto de Itaqui, no Maranhão, e um no Porto de Pelotas, no Rio Grande do Sul.
A estimativa do Ministério da Infraestrutura é injetar, ao todo, mais de R$ 10 bilhões em investimentos no País. Além disso, essas concessões vão gerar mais de 200 mil empregos, de forma direta, indireta e efeito-renda, ao longo dos contratos de arrendamento e concessões.