A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (16) a Operação Dejavu, com o objetivo de apurar suposta compra de votos por um vereador de Boa Vista nas eleições de 2020, com a participação de policiais penais.
O esquema consistiria no pagamento em dinheiro e repasse de combustível por cada voto conseguido pelos agentes públicos. Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão.
Durante as investigações, a polícia constatou a entrega de valores em uma residência e arrecadou requisições em um posto de combustível na cidade. Além disso, uma lista com mais de 600 nomes de prováveis eleitores cooptados foi encontrada pela Polícia Federal.
Segundo a PF, os policiais penais foram responsáveis pelo transporte de valores que teriam sido utilizados para comprar votos um dia antes do pleito.
Em nota, a Secretaria de Justiça e Cidadania informou que será aberta investigação administrativa para apurar os fatos. “O Governo de Roraima não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta de servidor e informa que está colaborando de forma integral com as apurações”, alegou.
Nos casos em que houver comprovação de crimes administrativos, serão adotadas as medidas cabíveis, que vão desde o afastamento até o desligamento do servidor de suas funções. Se for constatada infração, será feito o desligamento das funções, e as vagas serão ocupadas pelos novos policiais penais aprovados no concurso público que está em andamento.
Dejavu
O nome da operação significa “já visto” em francês, em razão de semelhanças com operações anteriores da Polícia Federal.