O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações, anunciou a vacinação contra a covid-19 de trabalhadores da Educação. A justificativa para a antecipação da vacinação deste grupo diz respeito aos importantes impactos sociais ocasionados pela covid-19 na educação infantil com a necessidade de volta às aulas presenciais.
“Estes impactos seguramente estão sendo mais importantes justamente nos grupos sociais menos favorecidos e que tem, por exemplo, dificuldade ou mesmo inviabilidade para uma adesão ao ensino a distância”, apontou Nota Técnica do PNI, ressaltando que as creches e escolas contribuem não apenas para a educação, mas também para a segurança alimentar das crianças, cumprindo ainda outras atribuições sociais importantes.
“O ambiente escolar traz, no entanto, elevado risco de exposição a vírus respiratórios aos trabalhadores da educação tendo em vista que crianças são habitualmente peças chaves na transmissão destes vírus, o que justifica a vacinação deste grupo de trabalhadores”, afirmou.
A vacinação do grupo de trabalhadores da educação seguirá a seguinte ordem: creches, pré-escolas, Ensinos Fundamental, Médio, Profissionalizante e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Na sequência, serão vacinados os trabalhadores da educação do Ensino Superior, sempre priorizando os trabalhadores envolvidos na educação dos indivíduos mais jovens.
População em geral
Com a imunização de boa parte dos grupos prioritários, como profissionais de saúde, idosos, pessoas com comorbidades e gestantes, o PNI liberou, concomitantemente à vacinação dos trabalhadores da educação, a vacinação da população geral (18 a 59 anos), de maneira escalonada e por faixas etárias decrescentes, até o atendimento total da população brasileira acima de 18 anos. A decisão leva em conta também as imprecisões nas estimativas populacionais do grupo de comorbidades, seja por limitações nas fontes dos dados existentes bem como sobreposições de grupos, que se entende, portanto estarem principalmente superestimadas.
“Portanto, deve-se manter a vacinação dos grupos prioritários. Estados e Municípios que não apresentam demanda ou tenham demanda diminuída para vacinação dos grupos com maior vulnerabilidade e trabalhadores de educação poderão adotar estratégia de vacinação segundo a faixa etária em ordem decrescente de idade, garantindo o percentual para continuidade da vacinação dos demais grupos prioritários”, reforçou o PNI.
Corroborou ainda que é de interesse do Ministério da Saúde vacinar toda população brasileira, para qual os imunizantes disponíveis estejam indicados. “No entanto, observando a capacidade de produção e disponibilização das vacinas se faz necessário seguir as recomendações do PNO. Reafirmamos que a vacinação dos grupos prioritários foi planejada de maneira escalonada, visando prioritariamente a proteção dos grupos de maior risco de agravamento e óbito”, finalizou.