23% das grávidas indígenas realizou até 3 consultas de pré-natal em 2022

Quase um ¼ das indígenas grávidas realizaram de uma a três consultas de pré-natal em 2022 em Roraima, número abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de no mínimo seis consultas durante a gestação.

Esta informação consta em um relatório elaborado pela Secretaria estadual de Saúde de Roraima, a partir do Sistema de Informação de Nascidos Vivos, e obtido pelo projeto Data Fixers, em parceria com a agência Fiquem Sabendo.

Das 2.109 gestantes indígenas, 900 (42,7%) fizeram de quatro a seis consultas, 588 (27,9%) foram a sete consultas ou mais, 493 (23,4%) realizaram até três consultas, 125 (5,9%) não realizaram nenhuma consulta durante a gravidez e, em três casos (0,1%), o número de consultas é ignorado.

Conforme o relatório, a maioria dos nascimentos (92,1%) ocorreu em hospital, 3,6% em domicílio, 2,9% em outro estabelecimento de saúde, 1,3% em outros locais e, em 0,1% dos nascimentos, o local é ignorado. Por faixa etária, as gestantes de 20 a 34 anos representam a maior parte, seguidas de mulheres de 15 a 19 anos, 35 a 39 anos, menores de 15 anos e de 40 a 44 anos.

Dentre os registros de nascidos vivos indígenas, a maioria dos bebês (1.638) nasceu de 37 a 41 semanas de gestação, período considerado normal. Considerados prematuros, 329 bebês nasceram com 36 semanas ou menos, enquanto 106 nasceram com 42 semanas ou mais, chamada de gravidez pós-termo. Em 36 partos, o tempo de gestação não foi informado.

O relatório da Sesau apresenta também dados de doenças e agravos de notificação compulsória e óbitos ocorridos na população indígena em Roraima em 2022.

 

 

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