Único hospital de referência em saúde infantil de Roraima, o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) é gerido pela prefeitura de Boa Vista. O Executivo municipal afirma que a unidade atualmente está sobrecarregada, e por isso busca auxílio do governo federal para aumentar a capacidade de atendimentos em um momento em que, além de atender às demandas da capital e do interior, também recebe crianças indígenas durante a crise sanitária enfrentada pelo povo yanomami.
O HCSA possui 187 leitos de internação, 15 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e cinco de trauma. Segundo a prefeitura, todos já estão ocupados, e o arrocho no atendimento da unidade se dá pela absorção de muitos pacientes chegam ao local em situação grave ou são encaminhados de hospitais particulares e há 40 crianças venezuelanas internadas no local.
De acordo com a prefeitura, no dia 8 de março, o Hospital da Criança registrou 77 crianças indígenas internadas, sendo 65 yanomami. Conforme ressaltou a gestão municipal, até o momento, esta foi a maior alta registrada de internações de crianças da etnia desde o início da vigência do decreto da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) do governo federal.
Desde janeiro, o hospital já atendeu, aproximadamente, 300 crianças yanomami.
O prefeito Arthur Henrique (MDB) está em Brasília esta semana, onde busca apoio e recursos do Ministério da Saúde para aumentar o número de leitos, contratar profissionais de saúde e poder atender a todos os pacientes.
“Temos articulado junto ao governo federal formas de solucionar essa crise que estamos vivendo em nossa saúde. O Hospital da Criança é o único de referência em saúde infantil e é natural que a demanda seja alta, pois recebemos pacientes não apenas de todo o Estado, como também de nossos dois países vizinhos e até do Amazonas”, disse o prefeito.
Trauma
Na quarta-feira (15), o HCSA entrou em obras de ampliação do setor do trauma, que até então funcionava com cinco leitos. Duas enfermarias foram anexadas ao espaço, que agora terá 10 leitos.