A insegurança energética não foi o único tema a ser tratado durante o evento ‘Ligando o Brasil, desenvolvendo os Estados’. A questão fundiária também foi abordada, pelo secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Nabhan Garcia.
O secretário lembrou que o território roraimense é composto por terras indígenas, reservas ecológicas e áreas militares, que limitam o espaço destinado à produção. “A exemplo do que está sendo feito nas comunidades indígenas do Mato Grosso, precisamos transformar indígenas também em produtores”, disse, citando que indígenas procuram o Governo Federal clamando pela produção de grãos, alimentos e manejo sustentável.
Para Nabhan, um trabalho entre Governo Federal e Congresso precisa ser feito para viabilizar a produção em terras indígenas. “Não dá para permitir irregularidades, como corte de madeira clandestino, garimpos ilegais que lesam os próprios indígenas. Tem que ser um trabalho integrado à capacidade de produção, seja na extração da maneira com o manejo sustentável, seja no garimpo dentro da legalidade, com extração de ouro e diamante, ou na agricultura, como no Mato Grosso”.
Em reunião com o secretário de Assuntos Fundiários, líderes de comunidades indígenas de Roraima pediram auxílio para produzir. “Precisamos da ajuda para que possamos trabalhar na agricultura, para que possamos plantar em grande escala e vender para o exterior. Queremos que o presidente [Jair Bolsonaro] ajuda o Governo de Roraima a promover ações que tragam melhorias para as comunidades indígenas”, reivindicou o líder indígena Abel Barbosa, da comunidade do Flexal.
