Diante da epidemia mundial do novo coronavírus, o Ministério da Saúde anunciou a instalação de um centro de vigilância emergencial no município de Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela.
De acordo com o ministro Luiz Henrique Mandetta, a pasta enviará pessoas para instalar um centro de operações de emergências e treinar profissionais locais. A estrutura já estava nos planos do ministério, mas o coronavírus agilizou a organização. Ainda não há prazos e informações técnicas confirmadas.
Mandetta recordou, em reunião com secretários estaduais e municipais de Saúde, que a entrada de venezuelanos no Brasil por Roraima aumentou o risco da ocorrência de sarampo, dengue e difteria, doenças identificadas na Venezuela.
O centro de vigilância, neste caso, é necessário pela migração e pela falta de informações do país vizinho. “Nos preocupamos com a Venezuela por conta do desmanche do sistema de saúde deles, que resultou em casos de difteria e sarampo, e da fronteira com Roraima, um estado com estrutura de saúde menor e mais frágil”, disse Mandetta.
O governo brasileiro pediu que a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), vinculada às Nações Unidas, faça uma intermediação com a Venezuela para que o Brasil tenha informações mínimas sobre saúde do país vizinho.
Mandetta defendeu ainda uma atuação solidária do Brasil com os países vizinhos nas estratégias a serem adotadas para um eventual combate ao novo coronavírus. “Temos de ser solidários. O Paraguai, por exemplo, tem muita dificuldade com a parte laboratorial. Nós autorizamos que as amostras de seus pacientes suspeitos sejam rodadas aqui. Argentina e Uruguai têm uma boa estrutura”, afirmou.
Na fronteira do Brasil com a Guiana, no município de Bonfim, servidores da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, orientam os viajantes.
Em Roraima, servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Bonfim, em parceria com a Anvisa, dão orientações aos viajantes na fronteira Brasil-Guiana.
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