Até o fim deste mês, pessoas físicas e microempreendedores endividados terão a oportunidade de renegociar dívidas na Serasa com desconto de até 98%. O feirão Serasa Limpa Nome oferece a renegociação pela internet, pelo smartphone e nos escritórios da Serasa em todo o país. Em Boa Vista, o escritório está localizado na avenida Major Williams, 854 – sala I, São Francisco.
Pela primeira vez, será permitida a renegociação de débitos para microempreendedores e microempresários. Ao rastrear o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), o sistema verifica se há débitos num Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) no mesmo nome.
A extensão do desconto depende do número de parcelas que o cliente pode pagar para quitar o débito. Quanto menor a quantidade de prestações, maior o desconto. Quem paga à vista tem reduções maiores. “Temos casos em que o desconto chegou a 98%. Uma dívida de R$ 22 mil foi reduzida para R$ 200”, disse o diretor da Serasa Consumidor, Giresse Contini.
Os devedores podem pedir a renegociação no site ou no aplicativo Serasa Consumidor, disponível para os dispositivos dos sistemas iOS e Android. Não há distinção nas negociações pedidas pessoalmente ou à distância, portanto não é necessária uma corrida aos postos de atendimento.
“Quem pede a renegociação no site ou no aplicativo terá as mesmas condições daquelas oferecidas presencialmente num escritório da Serasa. Muitas vezes, o cliente será atendido mais rapidamente pelas ferramentas eletrônicas do que no atendimento presencial, onde pode enfrentar filas”, explicou Contini.
Caso o devedor escolha ir ao atendimento presencial, deverá levar documento de identidade com foto, de segunda a sexta-feira, de 9h as 17h (no caso de Boa Vista). “Somente o próprio cliente deve ir. Não adianta mandar parente ou amigo com procuração”, alertou o diretor da Serasa.
Nome sujo
Segundo o diretor da Serasa Consumidor, cada pessoa com o nome sujo tem, em média, quatro ou cinco dívidas em seu nome. Ele identifica três perfis de endividados. O primeiro é o consumidor que emprestou o nome a parentes ou amigos e, muitas vezes, nem sabia que estava com o nome sujo.
O segundo perfil consiste em pessoas desempregadas que não conseguem pagar todas as contas enquanto não arranjam novo trabalho. O terceiro é representado por pessoas físicas sem reserva de emergência que enfrentam imprevistos por causa de doenças, de compras de medicamentos, de viagens inesperadas e de reparos domésticos e automobilísticos.
“A pessoa que não consegue pagar as contas geralmente escolhe pagar as contas mais essenciais, como água e luz, e passam a dever ao banco ou ao cartão de crédito que cobram juros mais altos”, explicou Contini.
Ele defende a ampliação da educação financeira. “Na medida em que o brasileiro entender que precisa ter de três a seis meses [do custo de vida] de reserva de emergência, ele poderá lidar com o desemprego e outros imprevistos se endividando menos”, acrescentou.