O presidente Jair Bolsonaro anunciou na tarde desta terça-feira (17) que o governo federal fechará a fronteira entre Brasil e Venezuela por Roraima por conta da crise do novo coronavírus, mas manterá a passagem de mercadorias.
Ele volta atrás na decisão após ter argumentado que a medida seria extrema e que não havia respaldo jurídico para o fechamento.
A decisão teria sido tomada para impedir o colapso do sistema de saúde de Roraima em decorrência do COVID-19. Segundo o presidente, não é necessário fechar totalmente a fronteira porque a economia do estado depende do comércio com a Venezuela.
“Amanhã tem a portaria. O tráfego de mercadorias vai continuar acontecendo. Se fechar o tráfego com Venezuela a economia de Roraima desanca”, disse à imprensa ao chegar no Palácio da Alvorada.
A determinação deverá ser publicada em portaria no Diário Oficial da União nesta quarta (18). Ainda não há definição sobre a Guiana, que também tem fronteira com Roraima.
Os ministérios da Saúde e da Justiça já tinham se manifestado favoravelmente. O governador de Roraima, Antonio Denarium e outros políticos locais argumentam que a Venezuela colapsou e o sistema público de saúde local não tem condições de atender mais venezuelanos.
Oficialmente, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), há dois casos confirmados do novo coronavírus na Venezuela.