Durante a reunião ministerial de 22 de abril, cuja gravação que serve de base para o inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal foi divulgada nesta sexta-feira, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou ter recebido “a notícia que haveria contaminação criminosa em Roraima” de covid-19.
A ministra referiu-se a uma suposta contaminação proposital do novo coronavírus em indígenas com o intuito de dizimar aldeias e povos inteiros “para colocar nas costas do presidente Bolsonaro”.
De fato, Damares viajou a Roraima no dia 12 de abril, três dias depois da morte de um indígena yanomami, de 15 anos, por covid-19.
Comitiva discutiu com autoridades estaduais propostas e soluções para o novo coronavírus em Roraimahttps://t.co/ZxJgTkyX57
— Correio do Lavrado (de 🏠) (@correiolavrado) April 12, 2020
Na reunião com o presidente e outros ministros, ela contou que se reuniu com generais da região e com o superintendente da Polícia Federal para “fazer uma ação ali meio que sigilosa”, porque “eles precisavam matar mais índio pra dizer que a nossa política não tava dando certo”. Porém, não dá mais detalhes sobre a ação nem quem são “eles”.
A íntegra do vídeo e da degravação da reunião está disponível no site do STF.