Durante o 9o Fórum Nacional de Governadores, realizado em Brasília e por videoconferência, chefes dos Estados defenderam a melhoria da relação entre os Três Poderes. Todas as unidades federativas vão pedir, esta semana, audiência presencial com os líderes do Executivo, Judiciário e Legislativo.
Como a agenda de demandas varia em função de cada Poder, as reuniões serão feitas separadamente, e os governadores entregarão para cada chefe de Poder uma carta. “Nossa decisão é de ir além de uma carta. Apresentamos um caminho, onde 27 governadores de diferentes partidos se colocam à disposição não só para o diálogo, mas da necessidade de pacificação e serenidade para criarmos um ambiente de segurança. O país, nessa situação, está fazendo investidores colocarem pé atrás, quando o que se precisa é gerar empregos. O Brasil não pode ficar nessa guerra entre autoridades”, disse o governador do Piauí, Wellington Dias.
Participando da reunião por videoconferência, o governador de Roraima, Antonio Denarium, reforçou a harmonia entre os poderes para a estabilidade econômica. “A economia só vai estar bem quando houver harmonia entre os poderes. É muito importante que abra um canal de comunicação dos governadores de todos os estados do Brasil com a Presidência da República. O objetivo é vencer a guerra em favor da economia e também atrair investidores e ampliar a economia do Brasil para que gere emprego, renda e desenvolvimento”, disse.
A expectativa é que as reuniões – separadamente com os presidentes da República, Jair Bolsonaro; do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux; do Senado, Rodrigo Pacheco; e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira – ocorram na próxima semana.
Fundo Brasil Verde
Na reunião, os governadores sugeriram a criação de um “fundo público ambiental” chamado Brasil Verde, por meio do qual seriam captados recursos para ajudar nas ações em favor do meio ambiente. De acordo com Wellington Dias, foi aprovada também a criação de um consórcio das 27 unidades federativas que terá, como fim específico, a gestão de uma carteira de projetos, levando em conta todos os biomas do Brasil.
“A ideia é buscar formas de investimentos em áreas como a de tratamento de resíduos sólidos, universalização de água, e cuidados com hidrovias e esgotamento. O objetivo é ter uma gestão capaz de trabalhar a captação de recursos no estado, no Brasil e fora do Brasil, além do setor privado, para que possamos ter um plano efetivo para a mitigação dos efeitos climáticos”, disse.