A data mais importante para o comércio varejista chegou e deve movimentar aproximadamente R$ 143 milhões em Roraima. Segundo estimativas feitas pela Fecomércio, com base nos dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o valor estimado ficou levemente abaixo do valor apresentado em 2022, projetando uma retração de 0,9%.
“Apesar do aumento médio dos preços dos produtos tipicamente mais demandados no Natal, o alto nível de endividamento e inadimplência das famílias roraimenses são fatores que acabam restringindo o poder de compra do consumidor e, consequentemente, impactando negativamente no volume de vendas do comércio em Roraima”, destacou o assessor econômico da Fecomércio, Fábio Martinez.
O destaque deste ano deve ser o ramo de hiper e supermercados, liderando a movimentação financeira. Em segundo lugar, vêm os estabelecimentos especializados em itens de vestuário, calçados e acessórios, enquanto as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico ocupam a terceira posição. Em média, as vendas no varejo crescem 25% na passagem de novembro para dezembro; especificamente no caso de roupas e acessórios, o aumento chega a 80%.
Pesquisa da CNC aponta que os consumidores devem priorizar a ida às compras na hora de destinar a segunda parcela do 13º salário. “O consumidor acaba deixando as compras de Natal para a semana que antecede a data, e devemos ter um aumento no comércio nos próximos dias”, afirmou o presidente do Sistema Fecomércio em Roraima, Ademir dos Santos.
Dicas para as compras natalinas
Para manter viva a tradição de presentear familiares e amigos, os consumidores devem ter atenção na hora das compras. O Procon Boa Vista dá algumas dicas importantes, que vão orientar na escolha dos itens e dos locais onde adquirir os produtos:
1) Pesquisar os preços no mercado: Antes de ir às compras, o consumidor deve antes fazer a boa e velha pesquisa de preços dos produtos que deseja adquirir. Assim, deve comparar os valores à vista e a prazo e se as formas de pagamento (em espécie, no débito, crédito ou PIX) influenciam no valor final;
2) Evitar compras de última hora: E por falar em preços, fazer compras de última hora pode tanto levar a decisões impulsivas e gastos desnecessários quanto a “surpresas” com possíveis valores “fora do comum”. Por isso, o bom é planejar as compras com antecedência para evitar esses tipos de situação;
3) Vai parcelar? Pense bem antes!: Se tem algo que deixa todo brasileiro com as contas no vermelho chama-se “cartão de crédito”. É bom? Muito! Porém, é preciso cautela. Ao optar por parcelar as compras, o consumidor deve certificar-se de que as parcelas cabem no orçamento. Dessa forma, evita-se comprometer a renda familiar com dívidas excessivas. Outra medida importante é evitar gastar mais do que pode pagar. Ou seja: um consumidor consciente estabelece um limite de gastos para as compras;
4) A reputação do vendedor é importante: Antes de comprar de um vendedor ou site desconhecido, é preciso pesquisar sobre sua reputação. Assim, o consumidor deve ler avaliações de outros clientes e verificar se há reclamações sobre a empresa. Outra medida importante é consultar o CNPJ de quem está vendendo o produto, especialmente sites;
5) Cuidado com links suspeitos: Ao fazer compras online, é de alta prioridade ter cuidado redobrado com links suspeitos, principalmente os que são enviadas via redes sociais ou aplicativos de mensagens. Assim, deve-se evitar clicar em links desconhecidos e verificar se o site é seguro antes de fornecer dados pessoais;
6) Esteja atento às políticas de troca: Cada loja adota sua política de devolução e, por isso, é preciso verificá-la antes de fazer as compras. Isso pode evitar problemas caso seja preciso trocar ou devolver algum produto. Nas compras pela internet, o consumidor tem o direito de arrependimento dentro de sete dias, contados a partir do recebimento do produto ou da assinatura de um contrato, caso o consumidor constate algum problema ou não goste da mercadoria;
7) Muita atenção aos produtos em promoção: Às vezes “o barato sai caro”, como diz o jargão popular. Dessa forma, produtos vendidos com preços bem abaixo de seu valor de mercado podem vir com alguma “pegadinha”. Podem estar vencidos, danificados ou apresentar pequenos defeitos, especialmente mercadorias de mostruário. Para evitar transtornos, é importante solicitar que o estado geral do produto seja especificado no pedido ou na nota fiscal e que se faça constar as possíveis condições para troca;
8) Documente todas as etapas da compra: Nunca é demais se prevenir de possíveis embaraços. Por isso, é importante guardar todos os comprovantes de compra, recibos e contratos. Isso pode ser útil caso seja necessário fazer uma reclamação ou troca posteriormente. E, mais ainda: exija a nota fiscal, que pode ser física, eletrônica ou ser um documento de valor equivalente;
9) Se possível, priorize produtos locais e artesanais: Ao fazer suas compras, o consumidor deve considerar apoiar pequenos negócios locais e artesãos. Além de adquirir presentes únicos, tal atitude representará uma importante contribuição para a economia local. E, considerando que Boa Vista é um verdadeiro polo de atividades empreendedoras, nada melhor que apoiar as iniciativas da terra; e
10) Procure o Procon: Caso o consumidor tenha dúvidas, pode entrar em contato com o Procon Boa Vista, pelo telefone (95) 98400-4997, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, pelo e-mail procon@boavista.rr.gov.br ou pelo Portal Cidadão da Prefeitura de Boa Vista, aba “Direito do Consumidor”.
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