O cotidiano das cidades-gêmeas Pacaraima/Santa Elena e Bonfim/Lethem foi afetado desde o fechamento das fronteiras terrestres com Venezuela e Guiana dois meses atrás, motivado pela situação de emergência em saúde pública em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Com a Venezuela, a divisa terrestre está fechada desde 18 de março. A decisão que fechou a fronteira com a Guiana e outros países sul-americanos foi publicada no dia seguinte. Primeiramente, a medida tinha duração de 15 dias.
Ambas as portarias foram renovadas e, até o momento, a restrição de entrada de estrangeiros no Brasil por via terrestre está válida até o final de maio. O prazo pode ser prorrogado novamente, conforme recomendação técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O prefeito de Bonfim, Joner Chagas, afirmou que o fechamento da fronteira com a Guiana afetou economicamente o município. “É claro que afetou um pouco. Os guianenses vinham comprar alimentos. Mas, em relação à saúde, tem ajudado muito. Ajudou a não ter crescimento de casos”, disse.
Ele defende a manutenção da restrição de entrada no Brasil por via terrestre. “Concordo plenamente com o fechamento da fronteira e continuo apoiando. Em Fernando de Noronha, zeraram os casos e temos que seguir esses bons exemplos”.
A reportagem tentou contato com o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, mas não teve retorno.
De acordo com Boletim Epidemiológico deste domingo, dia 17 de maio, Pacaraima tem 75 casos confirmados e dois óbitos por covid-19 e Bonfim registra 41 casos positivos da doença, sem óbitos.